Em visita técnica atendendo solicitação de retirada de uma sucuri no Parque Vale do Vacaria em Sidrolândia, a PMA (Polícia Militar Ambiental) não encontrou o animal, porém ao analisar fotos decidiu que o filhote de sucuri não oferece nenhuma ameaça à população que frequenta o parque ecológico.
O sargento Carlos confirmou a preocupação da prefeita, e o convite da Administração Municipal para o apoio da PMA quanto às condições da área.
- A convite do Município, haja vista essa boa parceria, Município de Sidrolândia, Polícia Militar Ambiental e o nosso IMASUL, estamos fazendo um estudo e um acompanhamento do progresso do Parque, orientar nos limites de uso e também no aparecimento de animais silvestres, entre eles réptil que foi avistado, uma sucuri filhote – disse o policial ambiental.
Alerta à população que frequenta o lago
Embora já tenham ocorrido flagrantes com capivaras e antas, a maior repercussão gira em torno do surgimento da sucuri no lago do Parque Vacaria. Para o sargento Carlos, o réptil está em seu habitat natural, e cabe ao ser humano respeitar o espaço, para que a convivência seja harmoniosa e sem riscos.
- O animal sucuri, a gente cria uma imagem nele, porque é um réptil, se rasteja, porque a bíblia condenou a cobra, a novela mostra que a cobra comia pessoas, o filme mostra que a cobra é uma caçadora. E muita coisa é lenda. O animal está coexistindo aqui, já estava antes, o animal tem um papel preponderante no meio ambiente, principalmente no Parque, onde tem trilhas, onde encontramos vários munícipes de chinelo, de tênis, então o animal sucuri faz a assepsia de outros répteis venenosos, mais danosos pra população, e ele não tem esse cunho de ataque a crianças. Ele tem a necessidade biológica de se alimentar, mas nós vimos que no Parque também tem aves aquáticas (patos), tem a comida silvestre em abundância para que ele não precise sair do limite do Parque para realizar esta busca por alimento. Para a população ter uma ideia, já estamos aqui há um tempo procurando ele, e é muito difícil de encontrar, porque ele se alimenta, pega um sol e se esconde no cantinho dele – explicou o representante da PMA.
Se a população respeitar os limites impostos pela gestão do Parque Vacaria em sua área de trilhas, alamedas, não haverá riscos, afirma o sargento Carlos.
- Se a população respeitar, não entrar no espaço deles, até porque ao entrar neste ambiente deles fora a trilha, que é pântano, aguapé, emaranhado, a pessoa está se colocando em risco, às vezes o risco menor é a sucuri, às vezes a outros riscos com inseto e outros animais, então a população pode ficar tranquila – ressaltou.
Elogios aos cuidados e estrutura do Parque
Os policiais ambientais gostaram do que viram em relação às instalações do Parque Vacaria durante a vistoria, e entendem que a Prefeitura está cumprindo com seu papel em gerir bem o espaço público.
- O Município tem que coexistir com o meio ambiente, e dentro do que visualizamos nesta visita, o Município tem todo este comprometimento com o meio ambiente, com a qualidade ambiental, preocupação com os animais. Nós encontramos o Parque muito zelado, para as pessoas tudo bem claro onde devem ir e o que devem fazer, vimos uma equipe realmente comprometida nos trazendo o acolhimento para que possamos auxiliar os senhores, e está de parabéns o Município – respondeu o sargento Carlos.
Crianças desacompanhadas e ataques contra os animais
Os policiais ambientais alertaram para que as crianças não estejam desacompanhadas no Parque Vacaria. A medida serve não somente para se prevenir de um ataque da sucuri, mas, principalmente, pelos riscos de se perder, se machucar, ou mesmo de se afogar. Para o sargento Carlos, a criança obrigatoriamente deve estar próxima dos pais ou responsáveis quando frequentarem o local, e reforça que isto é uma regra, não somente por conta da presença da sucuri.
Em relação aos ataques e agressões aos animais silvestres, o policial alerta que se trata de crime ambiental, com punição severa aos agressores, conforme a legislação vigente no País.
- Nós constatamos ninho de quero-quero, de coruja, a sucuri que vai ali na descarga d’água para se alimentar, tem os patos, arara, outros pássaros e animais. Eles precisam ser preservados – disse.
Postar imagens nas redes sociais com os animais silvestres, também deve ser motivo de precaução, porque a lei os protege. Então, ao tirar fotos, todo cuidado é necessário com a divulgação. Se houver interesse financeiro, incentivo à caça ou ataque aos bichos, ou criar um ambiente de beligerância entre o animal e a sociedade, é crime, alerta a Polícia Militar Ambiental. (Com informações e imagens da Assessoria de Comunicação)