Após denúncia de moradores de Sidrolândia uma quadrilha de estelionatários foi presa em Campo Grande, eles prometiam cartas de crédito de casas e veículos, que de fato não existiam. Os valores negociados com o golpe dos contratos passam de R$ 300 mil.
Até agora, seis sidrolandenses (todos homens com idades de 23 a 44 anos) se apresentaram na delegacia como vítimas e apresentaram comprovantes de pagamentos aos estelionatários, acreditando que se tratava de um “bom negócio”.
Um morador de Sidrolândia que pediu para não ser identificado, falou sobre o golpe que sofreu. Durante entrevista a TV Morena, afiliada da rede Globo, a vítima destacou que foi um sonho que virou pesadelo, “nunca pensei que estaria numa situação dessas, cheguei emagrecer sete quilos preocupado com esse prejuízo”. Disse ele.
Na tarde desta terça-feira (18), a reportagem do Noticidade entrou em contato com esta vítima, ele afirmou estar mais tranquilo, agora que os bandidos estão presos e parabenizou a ação do delegado Enilton Zalla que já recuperou um veículo de outro sidrolandense que foi vítima, “ele havia dado o carro de entrada e os bandidos já tinham vendido, porém o delegado conseguiu reaver”, destacou ele que agora, assim como as demais vítimas, aguarda o decorrer da investigação que deve rastrear os valores pagos e tentar efetuar o ressarcimento das vítimas.
Questionado, a vítima que conversou com a reportagem do Noticidade disse que foi atraído para o negócio depois de ver anúncios e de analisar as cartas de crédito no site da empresa, acreditando que seria um ótimo negócio. Ainda de acordo com ele, a quadrilha atua em vários estados e por isso o caso vai ganhar repercussão nacional e será exibido no programa Fantástico da rede Globo.
Segundo o delegado Enilton Zalla, os golpistas são profissionais, artistas, dissimulados e com desvio de personalidades. “Eles tentam enganar até a polícia”, diz. O bando lucrou mais de R$ 100 mil com vendas de cartas de crédito falsas no município de Sidrolândia.
Além de usar uma pessoa para fazer propagandas na internet, a quadrilha oferecia cartas de credito pela rede social. Eles pediam um terço do contrato, ou seja, valores de entrada que iam de R$ 7 mil a R$ 40 mil. Ainda segundo o delegado, o grupo já passou por Curitiba (PR), Ponta Grossa (PR) e Brasília. Também há suspeita de vítimas em Dourados.