Junior Feitosa, piloto de motocross de Maracaju, representa Mato Grosso do Sul e o Brasil, neste domingo (04), na ensolarada Califórnia, nos Estados Unidos, na 34ª edição do World Vet Motocross, competição que ganhou a alcunha de “Mundial de Veteranos” por reunir lendas do esporte de diversos países.
A competição será realizada na pista de Glen Helen e reunirá mais de 1,2 mil pilotos, incluindo os também brasileiros Richard Berois, Jorge Negretti, Marcos Gerbi, Roque Colman, Luciano Farias, Gilmar Meneghini e Rogério Schmitt.
Segundo informações de Junior Feitosa, o “Mundial de Veteranos” é uma competição muito difícil e, como são esperados em torno de 1,2 mil pilotos, o grid de largada é cheio. “Todo mundo quer ganhar, estamos aqui representando o Brasil e Mato Grosso do Sul, há outros pilotos brasileiros, mas do Estado só tem eu. A expectativa é muito boa e minha confiança está alta, por isso, vou tentar dar o melhor para conseguir um bom resultado, lutar por um pódio, qualquer lugar no pódio será bem-vindo porque se trata de um desafio muito grande”, declarou, informando que essa será a sua primeira vez no World Vet Motocross.
O piloto sul-mato-grossense revela que está se preparando há três meses para participar desse evento mundial. “Desde que recebi o convite para disputar o Mundial na pista de Glen Helen, aproveitei as provas em Maracaju e as provas do Campeonato Estadual de Motocross, o qual eu vinha liderando, para treinar já pensando nesta corrida na Califórnia. A participação nesse mundial é de grande importância para mim, pois se trata de uma corrida de peso, muito disputada, com bons pilotos. Neste esporte, os americanos são os melhores do mundo e por isso me dediquei bastante para esse mundial. Aqui também estou dando continuidade aos meus treinamentos, cheguei há uma semana, estou treinando em várias pistas aqui da Califórnia, cada dia em uma pista diferente”, revelou.
Em uma dessas pistas, Junior Feitosa conseguiu vencer uma corrida preparatória para o “Mundial de Veteranos”. “Nessa corrida de preparação que eu venci, tinha mais de 300 pilotos de várias categorias. Na minha categoria, que é a MX5, ou seja, para pilotos de 50 anos de idade, eu cheguei em 2º lugar na primeira bateria e em 1º lugar na segunda bateria, conseguindo vencer a prova que tinha 40 pilotos. Consegui fazer uma boa largada e garanti o 2º lugar na primeira bateria. Aí, me senti à vontade para a segunda bateria e consegui o 1º lugar, mesmo não largando muito bem, mas consegui me recuperar e ultrapassar os concorrentes. Venci e fiquei muito contente. Estou muito satisfeito com o resultado, foi uma surpresa agradável, mais um combustível para correr o mundial”, afirmou.
O sul-mato-grossense garante que está bem condicionado e pronto para competir na 34ª edição do World Vet Motocross. “Era um sonho correr nos Estados Unidos, pois, como eu disse, a América é o país com os melhores pilotos de motocross do mundo. Para mim, foi uma surpresa essa vitória na corrida preparatória, apesar de estar preparado, o nível é muito alto, o que torna a concorrência ainda maior, mas sei que no mundial será diferente, pois a competição se caracteriza pela participação de pilotos de todos os continentes, a cada ano com mais e mais participantes”, pontuou Junior Feitosa, agradecendo os seus patrocinadores Berlim Pré-Moldados, Maracamotos e Amacross.
O Mundial - O World Vet Motocross Championship reúne, anualmente, pilotos de todo o globo para as disputas na pista de Glen Helen, localizada em San Bernardino, no sul da Califórnia, local de grandes disputas do motociclismo off-road como Red Bull X-Fighters e etapas do AMA e do Mundial de Motocross.
O World Vet Motocross Championship é o evento mais importante do mundo para os veteranos. É uma competição comemorativa de fim de ano que reúne pilotos do mundo inteiro, sendo disputado em dois dias, com mais de 15 categorias indo de 25+ até 70+. Nomes como Gary Jones, Rex Staten, Jeff Ward, Erik Kehoe, Warren Reid, Kent Howerton, Torlief Hanssen, Alan Olson, Rich Thorwaldson, Ron Turner, Feets Minert, Kyle Lewis, Casey Johnson, J.N. Roberts, Lars Larsson, Eyvind Boyesen, Andy Jefferson, Zoli Berenyi, Ryan Hughes e Doug Dubach já foram campeões.
Além das disputas, outra coisa que chama a atenção é o que gira em torno do evento, multicampeões são homenageados, público e participantes tem acesso ao “museu do motocross”, onde ficam expostas verdadeiras relíquias usadas em provas das décadas de 60 e 70, mostrando todo o amor do americano pela modalidade. É unanimidade entre os pilotos brasileiros que vão correr nos Estados Unidos, a experiência é única, e diferente do Brasil, bem acessível.
(Com informações do site A Crítica)