A morte de Fátima Aparecida Massukato de 34 anos na manhã desta terça-feira (06) chocou vizinhos, familiares e amigos. Fátima foi encontrada dentro de sua residência no Bairro Diva Nantes pendurada por uma corda no pescoço.
O suicídio foi silencioso, é o que alguns vizinhos de Fátima relataram a reportagem do Noticidade afirmando que apesar das dificuldades, ela sempre estava animada. De acordo com os relatos, Fátima não apresentou nenhum sinal de que sofria de depressão, pelo contrário, ontem (05) estava alegre, tinha feito à sobrancelha e aparentemente estava normal, sempre falava do curso de enfermagem que estava fazendo e de um estágio em uma farmácia em Sidrolândia que havia concluído. Atualmente ela estava desempregada e há aproximadamente 15 dias fez uma cirurgia para retirar o útero e ainda estava se recuperando.
Fátima era solteira e mãe de quatro filhos, porém apenas um deles, um menino de 8 anos residia com ela, contudo, no momento da morte de Fátima, o menino estava na casa da avó que reside na área rural.
Questionados sobre o que então poderia ter levado Fátima a cometer o suicídio, amigas dela afirmaram que poderia ser sentimental.
Entendendo o suicídio - Saber, agir e prevenir.
O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Mas o suicídio pode ser prevenido! Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo. Por isso, fique atento (a) se a pessoa demonstra comportamento suicida e procure ajudá-la.
Sinais de alerta para saber agir e prevenir - Os sinais de alerta descritos abaixo não devem ser considerados isoladamente. Não há uma “receita” para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo.
O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas. Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.
Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.
As pessoas sob o risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.
Expressão de ideias ou de intenções suicidas. Fiquem atentos para os comentários abaixo. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes são ignorados:
|Vou desaparecer.”
“Vou deixar vocês em paz.”
“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”
“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”
Isolamento - As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.
Outros fatores - Exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser levados em consideração se o indivíduo apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.
Redação – Noticidade