A exigência de duas modalidades de salto (em altura e em distância) no TAF (Teste de Aptidão Física) do concurso para delegado e agente da Polícia Civil é considerada para alguns candidatos abusiva. As provas fazem parte da seleção para as polícias de outros Estados, mas também geram polêmica e motivaram ações judiciais fora de Mato Grosso do Sul.
“Eu queria entender o porquê de colocar isso no edital. Será que a Polícia Civil vai competir nos Jogos Olímpicos?”, questiona o pai de uma das candidatas.
Sargento do Exército com 20 anos de carreira, o entrevistado, que pediu para ter o nome preservado, diz que tem outros familiares inscritos e que todos fizeram os mesmos questionamentos. “Isso não faz parte nem do treinamento físico militar e nem a PM (Polícia Militar) exige em concurso. É um abuso porque estas modalidades dependem de muito treino”.
Realmente, os dois tipos de salto são modalidades olímpicas de atletismo e o edital do último concurso para ingresso na PM de Mato Grosso do Sul, realizado em 2007, só exigia corrida, flexões, desempenho na barra e abdominais.
Contudo, o delegado-geral Marcelo Vargas explica que não é de hoje que a exigência existe. “Não faço parte da comissão organizadora que redigiu o edital, mas sei que saltos no TAF sempre foram pedidos. Fiz o concurso em 1990 e passei por estas provas e depois fiz um concurso para a Polícia Federal em 1996 que também exigiu”.
O comandante da Polícia Civil defende que agentes e delegados precisam ter vigor físico. “Numa perseguição a pé, o agente precisa pular obstáculos e os testes servem para medir essa capacidade”, explica.
Polêmica – Fora daqui, outros concursos para a polícia e também para cargos de agente penitenciário exigem os saltos. No Youtube há até tutoriais específicos para concurseiros.As provas, no entanto, foram parar nos tribunais da Paraíba e do Rio de Janeiro. Em 2015, um candidato ao cargo de inspetor de segurança e administração penitenciária processou o Governo do Rio de Janeiro por ter sido reprovado no salto em altura. A Justiça negou o pedido de “nova chance” do inscrito.Concurso - O edital do concurso foi publicado na edição do dia 8 de junho do Diário Oficial do Estado.De acordo com o documento, são 30 vagas para o cargo de delegado e 180 vagas para o cargo de agente de polícia judiciária, sendo 100 para a função de escrivão e 80 para investigador.Os interessados em concorrer a uma das vagas poderão se inscrever entre até as 17 horas do dia 10 de julho de 2017, no endereço eletrônico oficial da organizadora do concurso (http://www.fapems.org.br/site/).
Polêmica – Fora daqui, outros concursos para a polícia e também para cargos de agente penitenciário exigem os saltos. No Youtube há até tutoriais específicos para concurseiros.
As provas, no entanto, foram parar nos tribunais da Paraíba e do Rio de Janeiro. Em 2015, um candidato ao cargo de inspetor de segurança e administração penitenciária processou o Governo do Rio de Janeiro por ter sido reprovado no salto em altura. A Justiça negou o pedido de “nova chance” do inscrito.
Concurso - O edital do concurso foi publicado na edição do dia 8 de junho do Diário Oficial do Estado.
De acordo com o documento, são 30 vagas para o cargo de delegado e 180 vagas para o cargo de agente de polícia judiciária, sendo 100 para a função de escrivão e 80 para investigador.
Os interessados em concorrer a uma das vagas poderão se inscrever entre até as 17 horas do dia 10 de julho de 2017, no endereço eletrônico oficial da organizadora do concurso (http://www.fapems.org.br/site/).
Campo Grande News