A empresária Graziele Soares dos Santos das Neves, 40 anos, proprietária de do Bar Batata +, localizado na Rua Montese, Vila Olinda, na capital, alvo frequente de ações policiais junto a outros dois bares da região, utilizou as redes sociais neste sábado (22) para desabafar e dar sua versão do ocorrido na noite desta sexta-feira (21), quando policiais militares realizaram uma blitz no local.
A blitz teve início por volta das 20h, com o fechamento da Rua Montese e da Rua Julio Anfle por carros da Polícia Militar. O ponto de cruzamento sofre frequentemente com as ações policiais, a fim de evitar a obstrução das vias pelos frequentadores dos bares, em sua maioria estudantes.
Os policiais seguiam realizando suas atividades, até que às 23h, dispararam bombas de gás lacrimogêneo no cruzamento entre as ruas para dispersar a multidão no local, com ajuda de equipes do Batalhão de Choque.
Ao ver que a abordagem da polícia iria afastar o público de seu bar, Graziele resolveu questionar a ação com um comandante da Polícia Militar, alegando que possuía documentação necessária para funcionar até 00h. A empresária afirma que foi destratada pelo comandante, que teria solicitado seu RG.
Ela se recusou a entregar o documento de identificação, e recebeu voz de prisão. |O comandante pediu meu RG e eu disse que não ia dar, mas sabe o por quê? Esses mesmos policiais vão ao Batata+ quase todas as sextas e os mesmos me conhecem|, disse a proprietária.
Após ter sido colocada num camburão pela PM, Graziele afirma que viu outra mulher, a advogada Rosemeire Rodrigues Martins, 27 anos, ser agredida e colocada dentro do veículo pelos policiais. As duas foram conduzidas até a Depac do Piratininga, onde foram algemadas.
Graziele afirma ter sofrido agressões verbais e físicas, tendo sido chamada de |vagabunda| por mais de uma vez pelos policiais. Na delegacia, a empresária alega que foi derrubada com uma rasteira por um policial, ao se recusar a sentar no chão.
A empresária também diz que, assim como a advogada Rosemeire, teve seu pedido para ver seu advogado negado. |Um [policial] virava para o outro e dizia Chama o advogadinho delas, ou melhor, chama não, aqui já tem essa vagabunda advogada, defende ela e você|, relata Graziele em uma publicação no Facebook.
A proprietária do bar afirma que só foi liberada da delegacia após seu marido e advogado, Luíz Fernando de Miranda, 40 anos, conseguir localiza-la e conversar com os policiais. A empresária afirma que irá à Corregedoria da Polícia Militar nesta segunda-feira (24), dar queixa da atitude dos policiais.
|Violência da polícia contra os estudantes na sexta-feira já é comum, o que me fez ficar indignada foi que dessa vez foi comigo|, diz Graziele. Ela afirma que nunca viu |tamanha violência| contra duas mulheres indefesas.|Não consigo entender tanta truculência com duas mulheres que nada poderiam fazer contra eles, até porque tinham NOVE policiais totalmente armados, cuidando da gente|.Versão da PolíciaSegundo informações da Polícia, a ação em frente ao Bar Batata + fazia parte da Operação Cidade Tranquila, comandada pelo Major Paulo Expedito Ribeiro. A polícia alega que utilizou agentes químicos para dispersar o público da rua |após incansáveis tentativas de normalizar o ambiente, não lhe restando alternativa, a não ser utilização dos meios de uso moderado da força|.De acordo com a Polícia, a empresária Graziele foi presa após desacatar os policiais, proferindo palavras de baixo calão como |seus bostas, eu sou empresária e pago os seus salários|. A atitude da proprietária teria levado o público a rir da polícia, vindo a |diminuir e menosprezar a ação policial, feita dentro do que a lei permite|.Graziele foi presa por |desacato e recusa de dados|, sendo necessário o |emprego de uso de força moderada, que resultou em lesão aparente no braço esquerdo e cotovelo esquerdo| uma vez que a empresária teria resistido à prisão.A polícia também afirma que Rosemeire, a advogada presa, teria se apresentado como defesa de Graziele, e que a mesma teria desdenhado da |qualidade intelectual das equipes policiais ali presentes|, tratando os policiais como |bestializados e desprovidos de conhecimento|.A advogada teve braços e pulsos feridos na ação policial, resultado de uso da força da polícia frente a tentativa de resistir à prisão. A polícia também informa que as duas foram liberadas após o comparecimento de seus advogados na Depac Piratininga.Graziele afirma que em nenhum momento agrediu verbalmente os policiais, e nega também que Rosemeire tenha se apresentado como sua advogada, alegando que a conheceu no momento em que as duas entraram no camburão da Polícia Militar.
|Violência da polícia contra os estudantes na sexta-feira já é comum, o que me fez ficar indignada foi que dessa vez foi comigo|, diz Graziele. Ela afirma que nunca viu |tamanha violência| contra duas mulheres indefesas.
|Não consigo entender tanta truculência com duas mulheres que nada poderiam fazer contra eles, até porque tinham NOVE policiais totalmente armados, cuidando da gente|.
Versão da Polícia
Segundo informações da Polícia, a ação em frente ao Bar Batata + fazia parte da Operação Cidade Tranquila, comandada pelo Major Paulo Expedito Ribeiro. A polícia alega que utilizou agentes químicos para dispersar o público da rua |após incansáveis tentativas de normalizar o ambiente, não lhe restando alternativa, a não ser utilização dos meios de uso moderado da força|.
De acordo com a Polícia, a empresária Graziele foi presa após desacatar os policiais, proferindo palavras de baixo calão como |seus bostas, eu sou empresária e pago os seus salários|. A atitude da proprietária teria levado o público a rir da polícia, vindo a |diminuir e menosprezar a ação policial, feita dentro do que a lei permite|.
Graziele foi presa por |desacato e recusa de dados|, sendo necessário o |emprego de uso de força moderada, que resultou em lesão aparente no braço esquerdo e cotovelo esquerdo| uma vez que a empresária teria resistido à prisão.
A polícia também afirma que Rosemeire, a advogada presa, teria se apresentado como defesa de Graziele, e que a mesma teria desdenhado da |qualidade intelectual das equipes policiais ali presentes|, tratando os policiais como |bestializados e desprovidos de conhecimento|.
A advogada teve braços e pulsos feridos na ação policial, resultado de uso da força da polícia frente a tentativa de resistir à prisão. A polícia também informa que as duas foram liberadas após o comparecimento de seus advogados na Depac Piratininga.
Graziele afirma que em nenhum momento agrediu verbalmente os policiais, e nega também que Rosemeire tenha se apresentado como sua advogada, alegando que a conheceu no momento em que as duas entraram no camburão da Polícia Militar.
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