O juiz Moisés Anderson Costa Rodrigues da Silva, da 1ª Vara Federal, marcou para o dia 13 deste mês, às 14h, audiência sobre o impasse envolvendo a lista tríplice para a reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
A audiência atende pedido do procurador Eduardo Gonçalves, do MPF (Ministério Público Federal), que no mês passado cobrou agilidade da Justiça Federal para resolver a situação.
Na audiência, o juiz vai ouvir as testemunhas Jones Dari Goettert, Antonio Dari Ramos, Reginaldo Ribeiro de Souza e Walter Roberto Hernandez Vergara e colher depoimentos de Etienne Biasotto, da ex-reitora Liane Maria Calarge e Joelson Gonçalves Pereira.
“As partes apresentarão alegações finais de forma oral e, possivelmente, será prolatada a sentença”, afirma o juiz no despacho do dia 31 de julho em que designou a audiência e mandou intimar as testemunhas e partes da ação.
Elaborada pela UFGD após a eleição interna feita em março, a lista tríplice foi questionada pelo próprio MPF, que apontou irregularidade pelo fato de apenas o primeiro colocado na eleição – Etienne Biasoto – ter sido incluído do documento enviado ao Ministério da Educação.
Os outros dois nomes – Jones Dari Goettert e Antônio Dari Ramos – não participaram do pleito, mas se candidataram para compor a lista. A norma interna da UFGD permite esse tipo de procedimento.
A Justiça Federal em Dourados chegou a suspender a lista tríplice, mas depois reconheceu a autonomia da universidade e manteve os nomes indicados ao MEC. Entretanto, o MPF recorreu ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região e conseguiu liminar para manter a suspensão.
Em meio ao impasse, no dia 10 de junho o ministro da Educação Abraham Weintraub nomeou como reitora temporária a professora da pedagogia Mirlene Ferreira Macedo Damázio. Há quase 60 dias no cargo, ela vem sendo alvo de protestos de estudantes e servidores, que consideram a nomeação intervenção do MEC na autonomia da UFGD.