Publicado em 27/06/2025 às 07:56,
Na noite de quinta-feira (26), um homem de 30 anos, identificado como Marcelo Luiz de Oliveira Bastos, foi encontrado morto em uma residência no Bairro São Bento, em Sidrolândia. A principal suspeita é que se trata de suicídio.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por testemunhas para comparecer a uma residência na Rua General Malan. No local, os policiais conversaram com a noiva de Marcelo, que afirmou ter encontrado ele sem sinais vitais.
O Corpo de Bombeiros Militar esteve no local, e o óbito foi confirmado. A Polícia Militar realizou o isolamento do local até a chegada da Perícia Criminal, ainda conforme o boletim, foi encontrada uma cartela de remédios antidepressivos ao lado da cama de Marcelo. O caso foi registrado como suicídio.
Familiares e amigos de Marcelo lamentaram a morte dele nas redes sociais. Ele era engenheiro e trabalhava em uma grande empresa de Sidrolândia.
Como ajudar alguém com pensamentos de morte - Os familiares e amigos devem, sobretudo, se dispor a se aproximar de alguém que demonstra estar sofrendo ou que apresenta mudanças acentuadas e bruscas do comportamento. É preciso estar disposto a ouvir e, se não se sentir capaz de lidar com o problema apresentado, ir junto em busca de quem possa fazê-lo mais adequadamente, como um médico, enfermeiro, psicólogo ou até um líder religioso. De acordo com os médicos, o ideal é que a pessoa seja encaminhada a um psiquiatra e seja medicada. E, no mundo ideal, que tenha um acompanhamento de um terapeuta e o apoio da família.
Outro fator importante a ser lembrado é que, caso a pessoa precise fazer uso de algum medicamento, ele não tem efeito imediato. Por isso, os primeiros 30 dias após uma tentativa de suicídio e o início do tratamento são os que precisam de mais atenção.
Na rede pública, a indicação é procurar os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Por lá, é possível marcar uma consulta com um psiquiatra ou psicólogo. O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em 1962 faz um apoio emocional e preventivo do suicídio pelo número 188.
É preciso falar sobre suicídio - Apesar dos mitos envolvendo o tema, a prevenção ao suicídio avança. Na década de 1980, um estudo nos EUA afirmava que essas mortes poderiam ocorrer por imitação. E esse trabalho reforçou a ideia de que "não podemos falar sobre o assunto". Mais de 30 anos depois, a Organização Mundial da Saúde vai na direção contrária, dizendo que, sim, precisamos conversar sobre o suicídio.