Seis policiais militares alvos da Operação Ave Maria, desencadeada pela Corregedoria da Polícia Militar, já foram levados para o Presídio Militar, localizado no complexo penitenciário do Jardim Noroeste em Campo Grande. Eles prestaram depoimento e foram transferidos para o presídio. Seis deles saíram do prédio em uma van e o sétimo (sargento que estava com uma arma sem registro) foi levado separadamente em uma caminhonete da corregedoria.
Conforme informações apuradas pela reportagem do Noticidade, todos eles (seis) trabalhavam em Sidrolândia, porém um deles já havia sido removido há poucos dias para atuar na Capital.
Um sétimo militar preso não estava envolvido na operação, se trata de um sargento de Sidrolândia que só foi preso porque durante o cumprimento do mandado de busca foi flagrado com uma arma de fogo sem registro. Ele alegou em depoimento que o revólver calibre 38 pertencia a sua esposa já que ela ficava sozinha com o filho. Ele passou por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (27), no Fórum de Campo Grande e na audiência o juiz David de Oliveira Filho, concedeu liberdade provisória ao militar.
A investigação começou no ano passado. Neste mês o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu à Justiça a prisão preventiva dos suspeitos.
Durante a ação para cumprir seis mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, foram apreendidos pistolas, arma de pressão, munições, notebooks, dinheiro, HDs, caixas com documentos, malas e até um pneu de motocicleta, a acusação diz que esses produtos podem ter sido desviados de barreira policial. Foram localizados ainda R$ 4,5 mil em notas pequenas com um dos policiais suspeitos. Questionado, o PM relatou que o dinheiro pertencia à mulher que é proprietária de duas lanchonetes em Sidrolândia.
Os nomes completos dos PMs ainda não foram divulgados para a Imprensa.
O advogado da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, vai representar três dos seis policiais presos na ação. Para ele, a prisão dos PMs foi desnecessária e prematura. “Vou entrar com pedido de liberdade provisória. É prematuro afirmar que houve desvios de produtos. Até porque os policiais fizeram a apreensão dos veículos e entregaram para as autoridades policiais”, explicou. O advogado disse que acompanhou o depoimento dos militares e que eles responderam a todos os questionamentos.
(Matéria editada para acréscimo de informações)