A Prefeitura de Maracaju por meio da Secretaria de Saúde, retomou a passagem do chamado “veículo fumacê” nos bairros da cidade.
A ação está ocorrendo de forma programada e com base nos dados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti) e também do Ovitrampas, justamente apontando onde há maior incidência do Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como a Dengue, Zika vírus e Chikungunya.
De acordo com Thiago Olegário Caminha, Secretário Municipal de Saúde, a aplicação do inseticida deve durar aproximadamente 20 dias, dependendo dos fatores climáticos, tais como: chuva e vento forte que atrapalham o trabalho.
“Para nós, quando o mosquito está no ar, já estamos perdendo a guerra, por isso, fundamental é que a comunidade coopere, limpando seus quintais, eliminando recipientes que possam acumular água parada, executando ações de fiscalização na residência de forma constante, afinal o mosquito se reproduz a todo momento, basta ter o ambiente adequado para a sua proliferação”, explicou Thiago Caminha.
Rafael Rodrigues, Coordenador do Setor de Endemias esclarece ainda, que a passagem do “fumacê”, será iniciada nos bairros Olidia Rocha, Ilha Bela 1 e 2, Adrien, Juquita, Nenê Fernandes e Giazone.
Posteriormente, serão atendidos os bairros Inacinha Rocha, Vila Prateada, Paraguai, Vila Margarida, Moreninha, Vila do Prata, San Raphael, Centro, Guanabara, BNH, Cambaraí, Floripes, Porto Belo, Monte Verde, Napoleão, Alto Maracaju, Alto das Palmeiras e também ocorrerá a borrifação em Vista Alegre, distrito do município.
“Vamos passar três vezes com intervalo de três dias entre as passagens, justamente com objetivo de cortar a cadeia de transmissão Aedes aegypti. A aplicação será das 05h30 às 08h30 da manhã e na parte da tarde será das 17h00 às 20h00 da noite diariamente com intervalo aos domingos”, explicou Rafael.
Bairros não contemplados nesta etapa, receberão o atendimento via bomba costal motorizada, toda a ação conta com a parceria do Governo do Estado que cede o veículo fumacê para o município.
Sobre as ovitrampas
O Projeto de Implantação da Vigilância Entomológica utilizando armadilhas de oviposição (ovitrampas) é um projeto do Ministério da Saúde em parceria com a Fiocruz, Governo do Estado e 12 municípios.
Foram instaladas armadilhas chamadas ovitrampas, para monitorar a infestação do Aedes aegypti, essas armadilhas são vasos de plantas com um atrativo e uma palheta de Eucatex onde o mosquito vai depositar seus ovos.
Dentro de 7 dias houve o recolhimento e a contagem dos ovos para identificar as áreas com maior infestação do Aedes aegypti.
A “Ovitrampa” também é uma forma de combate ao Aedes, porque o mosquito vai sempre preferir depositar seus ovos na armadilha, ao invés de outro recipiente com água, isso porque na armadilha terá um composto de água e levedo de cerveja, que é um atrativo para a fêmea.
Foram instaladas em Maracaju, 200 Ovitrampas. Foram 41 Ovitrampas positivas e retirados 865 ovos de Aedes aegypti do meio ambiente.