Publicado em 28/10/2021 às 15:38,
O ex-prefeito Maurílio Azambuja, preso de forma domiciliar teve negado o pedido de transferência para a fazenda dos filhos. A decisão foi publicada pela 2ª Vara Criminal de Maracaju.
Além disso, também foi negado o pedido de revogação da prisão preventiva dos outros investigados. O grupo foi alvo da Operação Dark Money, deflagrada no mês passado, pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil, para desarticular esquema de desvio de recursos que causou prejuízo de aproximadamente R$ 23 milhões aos cofres públicos.
No caso de Maurílio, a Justiça considerou que a prisão domiciliar foi autorizada em razão da idade avançada, bem como do estado de saúde dele. Neste sentido, a saída da residência seria autorizada apenas para tratamento médico, mediante autorização judicial. “Assim, autorizar a mudança de domicílio, para que possa exercer a função de administrador rural na propriedade dos filhos, se revela contraditório aos fundamentos da referida decisão. Posto isto, indefiro o pedido formulado Maurilio Ferreira Azambuja”, destaca a decisão.
Quanto aos demais, foi entendido não haver fatos novos que pudessem alterar a decisão inicial que determinou a prisão dos mesmos.
“Registre-se que o oferecimento da denúncia em desfavor dos acusados e seu recebimento não interfere e não traz qualquer elemento novo apto a afastar a necessidade de prisão preventiva dos referidos acusados, mormente porque os mesmos até então são considerados ‘os responsáveis pela remessa de valores para a conta bancária a partir da qual, em tese, ocorreu o desvio de recursos públicos’ e porque ‘eventual soltura' de referidos investigados neste momento, teria o condão de frustrar não só a coleta de outros elementos materiais, como também de influir negativamente no ânimo e no depoimento de prováveis testemunhas”, finaliza.