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Em Maracaju, operação do Dracco cumpre mandado em treze empresas. Veja a relação

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Polícia Civil faz diligências em várias empresas. (Foto: Hosana de Lourdes - Tudo do MS)

Uma das maiores operações já vistas em MS no combate a corrupção, denominada Dark Money, deflagrada pela Polícia Civil para desmontar um esquema da gestão do ex-prefeito Maurílio Azambuja investiga ao todo 19 empresas suspeitas de receber dinheiro desviado de uma conta bancária “fantasma”, do total, 13 são em Maracaju.

Em Maracaju, essas empresas foram alvos de mandados de busca e apreensão. Foram encontrados grande quantidade de documentos, anotações, notas fiscais e computadores, tudo foi apreendido pelas equipes do Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado).

A Polícia Civil não pediu segredo no tocante ao nome das empresas que estão sendo investigadas.

Os mandados foram cumpridos na Pré-moldados Maracaju, LP Móveis Novos e Usados, Tapeçaria Lobo, Sartori Comércio de Veículos, Tacarejo Bebidas, ALB Funilaria e Pintura, Enzo Auto Peças e Mecânica, Auto Posto Precinato, Pedro A. Souza Pinto Serviços Médicos, Nova Opção Estruturas Metálicas, Centro Automotivo São José, Eco-Tex Auto Posto e Pousada da Serra.

A maioria das empresas alega não ter nenhum envolvimento com o caso e assim que suas defesas tomarem conhecimento das acusações estarão encaminhando notas a Imprensa com possíveis esclarecimentos.

Outras três empresas são da Capital, duas de Ponta Porã e uma da cidade de Corumbá. A investigação mostra que 600 lâminas de cheque dessa conta “fantasma” foram emitidas para pagamentos destinados a essas empresas em 2019 e 2020, dois últimos anos da administração do ex-prefeito Maurílio Azambuja (MDB).

O valor que teria sido desviado supera os R$ 23 milhões, segundo o Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), que coordena a operação. Os pagamentos beneficiaram empresas que sequer tinham relação jurídica com a prefeitura, como licitação, contrato ou outro meio legal para amparar a transação financeira.

Em Campo Grande, buscas foram feitas na Construtora IAL, MRL Comércio de Materiais Elétricos e Comercial Salim. Em Corumbá, as buscas atingiram a sede local da Tacarejo Bebidas. Já em Ponta Porã, buscas foram feitas na JA Engenharia e CF Construções e Engenharia.

Mandados de busca também foram cumpridos nos endereços dos sete investigados que tiveram a prisão temporária decretada pelo juiz Marco Antonio Montagnana Morais – o ex-prefeito Maurílio Azambuja, os ex-secretário de Finanças Lenilso Carvalho Antunes e Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor.

Lenilso foi preso em Umuarama (PR) por policiais paranaenses. Maurílio Azambuja não foi localizado e está sendo considerado foragido. Os demais já foram levados para Campo Grande, para depoimento na sede do Dracco. 

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