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Criminosos usam pandemia de coronavírus para aplicar golpes em Maracaju

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Divulgação

Um morador de Maracaju entrou em contato com a redação do Noticidade através do Facebook para denunciar que ele recebeu uma mensagem em seu celular solicitando doações em dinheiro que supostamente seriam utilizadas para ajudar nos trabalhos contra a expansão da pandemia do Coronavírus.

O internauta se sensibilizou com a mensagem e já estava pegando os dados do criminoso pra fazer a transferência bancária, quando seu filho chegou a residência e desconfiou da maneira como o pedido de doação estava sendo feito, ao começar a questionar o criminoso, o número foi bloqueado, deixando claro que se tratava de um golpe.

A redação aconselhou o internauta a registrar um Boletim de Ocorrência e se comprometeu a divulgar o caso para alertar outros moradores, os golpes recentes são similares a outros utilizados anteriormente.

Entre as modalidades de golpe, está a prática de espalhar vírus em equipamentos eletrônicos para extrair dados dos usuários e até extorquir dinheiro de vítimas com falsa ajuda ao governo.

Em uma delas, as pessoas são levadas a informar os números do cartão de crédito para realizar um exame que supostamente detectaria o coronavírus. Em outro golpe, as vítimas teriam de clicar no que seria um mapa da doença pelo mundo, mas quem clica pode ter o celular bloqueado.

Os aplicativos são criados com base em informações da Organização Mundial da Saúde e disponibilizados em lojas de aplicativos. Segundo o especialista em crimes virtuais Ronaldo Prass, os falsários pedem dinheiro para liberar o aparelho.

"Quando o usuário baixa o aplicativo, precisa liberar algumas permissões para que funcione. Na verdade, elas farão com que o aplicativo criptografe a memória do celular. Ou seja, vai embaralhar digitalmente, e os criminosos vão usar esses dados para obter dinheiro para liberar essas informações", explica.

"Além disso, os golpista ameaçam liberar essas informações na internet, o que pode ser um grande problema", acrescenta.

Eles usam a ajuda anunciada pelo governo, de R$ 200 por autônomo, para espalhar mensagens sugerindo que os trabalhadores cliquem em um link para se cadastrar.

A recomendação neste momento é para que a atenção seja dobrada e as fontes dos pedidos de ajuda apuradas, criminosos costumam buscar perfis de vítimas mais vulneráveis e quando confrontados com muitas perguntas, costumam desligar ligações, bloquear em aplicativos ou simplesmente procurar outra vítima.