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Com 41 casos em 2023, prefeitura de Maracaju alerta para acidentes com escorpiões

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Foto: ilustrativa

A Prefeitura de Maracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou o número de acidentes com escorpiões em 2023, alertando sobre o cuidado que a comunidade maracajuense deve ter com animais peçonhentos.

Devido ao forte período de calor, naturalmente, escorpiões tendem a invadir casas, oriundos de esgoto e fossas sépticas, além também de se aproveitarem de quintais sujos, por exemplo, com acúmulo de entulhos, madeiras, entre outros itens.

Conforme o Secretário Municipal de Saúde, Thiago Olegário Caminha, somente neste ano, 41 casos de acidentes com escorpiões foram registrados, sendo que nos últimos 2  acidentes, casos de gravidade média a grave ocorreram.

Sobre acidentes com escorpiões

Acidente escorpiônico é o quadro clínico de envenenamento provocado quando um escorpião injeta sua peçonha através do ferrão (télson).

No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública são as seguintes espécies do gênero Tityus:

Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano.

Escorpião-marrom (T. bahiensis) - encontrado nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – Também apresenta reprodução do tipo partenogenética. É a espécie mais comum no Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – Principal causador de acidentes e óbitos na região Norte e no Estado de Mato Grosso.

Manifestações locais – dor de instalação imediata em praticamente todos os casos, podendo se irradiar para o membro e ser acompanhada de parestesia, eritema e sudorese local. Em geral, o quadro mais intenso de dor ocorre nas primeiras horas após o acidente.

Manifestações sistêmicas – após intervalo de minutos até poucas horas (duas a três) podem surgir, principalmente em crianças, os seguintes sintomas: sudorese profusa, agitação psicomotora, tremores, náuseas, vômitos, sialorreia, hipertensão ou hipotensão arterial, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar agudo e choque. A presença dessas manifestações indica a suspeita do diagnóstico de escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada ou identificação do animal. Crianças constituem o grupo mais suscetível ao envenenamento sistêmico grave.

Em caso de acidentes, seja rápido:

Lave a região da picada com água e sabão

Mantenha o local da picada em posição confortável;

Leve a vítima para atendimento médico urgente;

Jamais aplique qualquer substância no local como álcool ou urina;

Prevenção

Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos de que se alimentam os escorpiões.

Combater a proliferação de baratas no intradomiciliar. No caso da utilização de pesticidas, recomenda-se o uso de formulações do tipo gel ou pó. Esta atividade deve ser executada somente por profissionais de empresas especializadas.

Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas. Usar calçados e luvas de raspas de couro nas tarefas de limpeza em jardins e quintais.

Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada.

Sacudir e examinar roupas e sapatos antes de usá-los, pois escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo.

Evitar colocar as mãos sem luvas em buracos, sob pedras, troncos podres e em dormentes da linha férrea. Utilizar soleiras nas portas e janelas, telas em ralos do chão, pias e tanques.

Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e a parede. Consertar rodapés despregados. Afastar as camas e berços das paredes.

Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. Não pendurar roupas nas paredes. Preservar os inimigos naturais de escorpiões: Aves de hábitos noturnos (coruja, joão-bobo), lagartos e sapos.