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Atropelada por carreta em Maracaju, Joice sobrevive, mas tem perna amputada

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Foto: Carmelita Sousa

Joice Aparecida Freitas Pacheco, 21 anos, vítima de atropelamento no domingo dia 29 de novembro, em Maracaju, continua internada na Santa Casa de Campo Grande. Ela segue estável, consciente e orientada.

A Santa Casa informou que ela precisou passar por cirurgia para amputar uma parte da perna esquerda (do joelho para baixo). Após pós-operatório na UTI, foi encaminhada para ortopedia/traumatologia e está em tratamento acompanhada pela equipe de especialistas.

No dia do acidente, uma carreta Bitrem Scania de placas ECM6A69 seguia pela Rua Benjamin Constant no sentido sul/norte, ao realizar uma conversão a direita com acesso à Rua Bruno Do Couto sentido Oeste/Leste, atropelou a ciclista que seguia no mesmo sentido, o último eixo do bitrem, passou por cima da bicicleta e de sua condutora. A vítima teve fratura exposta de uma das pernas que foi esmagada.

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Foto: Robertinho - MaracajuSpeed

Esta foi só mais uma batalha que a jovem passou e venceu, isto porque com apenas 18 anos, no dia 1 de maio de 2018, quando estava grávida de três meses, levou um tiro na cabeça que a fez perder a visão do olho direito. O autor, na época, era seu marido de vulgo “Carioca”. Ele tinha 39 anos e não aceitou o fim do relacionamento.

Joice foi vítima de violência doméstica. No momento em que decidiu dar um basta no sofrimento, o homem, machista, afirmou que ela não seria de mais ninguém e atirou na frente do próprio filho que tinha menos que dois anos.

Ela sobreviveu a tragédia, mas a sua gravidez passou a ser de risco. A superação do triste fato a fez revelar sua história, três meses após o acontecido, para um site da região, o MS Conectado.

A luta pela vida - A jovem contou que mesmo caída, o agressor não retirou o filho do local e ainda disse que queria vê-la gemendo até a morte, que ele queria ver se Deus iria salvá-la da bala. Joice pedia misericórdia para o criador.

Somente quando ela desmaiou foi que ele saiu correndo, sua mãe foi quem chegou na residência e ligou para o Corpo de Bombeiros. A jovem ficou entre a vida e a morte por 22 dias, passou por duas cirurgias e ficou com sequelas na memória.

Joice detalhou o seu caso, a cena descrita é cruel e mostra a seriedade e a importância de políticas públicas para as mulheres. A vida de Joice mudou completamente e se isso já não bastasse, veio mais um acontecimento, o acidente que por pouco também não tirou sua vida, porém, a guerreira segue firme lutando pela vida.