Publicado em 30/12/2020 às 11:48,
A indignação dos empresários de Maracaju, que possuem estabelecimentos que funcionam no período noturno, com o decreto municipal só cresce. Diante de tamanha revolta, os comerciantes até realizaram uma manifestação em frente à prefeitura para tentar encontrar outra solução, mas nada pôde ser feito, conforme informou o prefeito Maurílio Azambuja que atribuiu ao Ministério Público a responsabilidade das restrições.
O decreto municipal aponta que os bares, lanchonetes, restaurantes e semelhantes, estão obrigados a suspender o atendimento presencial de clientes das 19 horas às 5 horas do dia seguinte. Os atendimentos só podem ocorrer de forma delivery, sistema de entrega.
Porém, somente delivery não está sendo o suficiente para os estabelecimentos que vivem de venda direta (consumo no local), principalmente no mês de dezembro onde há maior circulação de dinheiro na praça.
De acordo com o empresário Pedro Faccin, proprietário da pizzaria Fundo de Quintal, em comparação com o mesmo período do ano de 2019, as vendas caíram bruscamente. “A diferença é de 90%, sem sombra de dúvidas. Se estivéssemos na pandemia como todas as empresas diurnas, acredito que não seríamos afetados absurdamente como estamos sendo”, afirmou.
Para ele, o comércio diurno não foi afetado tanto quanto o comércio noturno está sendo. “Não foi feita uma reunião com os comerciantes, somente com a associação, nós não somos obrigados a concordar, eu acho um absurdo. Nós não temos condição nenhuma de ficar como está, pagar todos os impostos e alvarás, os funcionários, as contas não condizem com o movimento que estamos tendo”, ressaltou.
A equipe do Noticidade entrou em contato com vários comerciantes que afirmaram que se não houver mudanças haverá mais demissões a partir de Janeiro, por não conseguirem arcar com as despesas.
Conforme informações dos comerciantes, um grupo de empresários foi até a casa do prefeito eleito, Marcos Calderan, e ele se mostrou favorável a causa dos comerciantes, disse que não podia fazer nada no momento, mas se comprometeu a tomar uma decisão com uma possível flexibilização na primeira semana de Janeiro.