Publicado em 20/07/2018 às 10:32,
André Puccinelli, o filho, André Puccinelli Júnior e o advogado João Paulo Calves, foram presos após mandado de prisão preventiva emitida pela 3ª Vara Federal de Campo Grande. Eles são denunciados, pelo Ministério Público Federal, por supostos diversos desvios de dinheiro público, como provenientes do JBS e da confecção de livros.
Os três já tinham sido presos na fase Papiros de Lama, realizada em 14 de novembro do ano passado. Na ocasião, a prisão foi relâmpago, com a liberdade obtida já no feriado do dia seguinte.
Neste ano eleitoral, a operação tem sido marcada por reviravoltas na Justiça. Desde 8 de maio estão presos Giroto, Amorim, o servidor estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira e empresário Flávio Henrique Scrocchio (cunhado de Giroto). Já Elza Cristina Araújo dos Santos, Raquel Rosana Giroto, Mariane Mariano de Oliveira e Ana Paula Amorim cumprem, desde 8 de maio, prisão domiciliar em endereços nobres, como apartamentos na avenida Mato Grosso e Jardim dos Estados, e imóveis no residencial de luxo Damha e no Jardim Bela Vista.
Fazendas de Lama - Essas oito prisões são relativas à fase Fazendas de Lama, realizada em 10 de maio de 2016. A liberdade veio no dia 24 de junho daquele ano, quando o ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), considerou que não havia elemento concreto para justificar a prisão e concedeu liminar.
O habeas corpus começou a ser julgado no dia 26 de setembro de 2017, quando o relator, ministro Marco Aurélio, votou para tornar definitiva a medida liminar concedida por ele.
Contudo, o julgamento foi retomado na sessão de 6 de março, com voto-vista do ministro Alexandre de Moraes. Ele divergiu do relator e votou pela denegação da ordem, por entender que o decreto de prisão foi devidamente fundamentado.
Neste cenário, os oitos voltaram a ser presos em 9 de março, sendo as mulheres em prisão domiciliar. Os réus se entregaram na superintendência da Polícia Federal.
Entretanto, a liberdade veio em decisão do TRF 3, datada de 19 de março e concretizada no dia 23 daquele mês. Em maio deste ano, as prisões voltaram a ser decretadas por Moraes, a pedido a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
A Lama Asfáltica é maior operação contra corrupção no Estado. A ação contabiliza cinco fases, investiga desvio de R$ 300 milhões, conta com delação premiada e bloqueio de bens. (Com informações do Campo Grande News)