Publicado em 22/11/2018 às 16:56,
O município de Maracaju foi o primeiro do Estado a registrar caso de ferrugem asiática em plantações de soja, os dados da Fundação MS e do Consórcio Antiferrugem.
Além deste caso, foram apontados quatro casos de ferrugem voluntária em lavouras da Capital, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste e Dourados, registrados em setembro.
O caso já é de conhecimento da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) que, via assessoria, confirmou a tomada de providências fitossanitárias.
A ferrugem da soja é considerada a principal doença a atingir a planta, causando perda de folhas precocemente e impedindo a formação de grãos, causando prejuízos que podem chegar a 70% da produtividade. Os casos no Brasil são catalogados desde 2001.
Além do caso de Maracaju, o Consórcio Antiferrugem anotou ocorrências de ferrugem asiática em três Estados: Santa Catarina, com dois casos (em Quilombo e São Domingos), São Paulo (quatro, em Itaberá, Itapeva, Itapetininga e São Miguel Arcanjo) e no Paraná, onde a doença é mais problemática, com 14 notificações –Piraí do Sul e Jaguarialva, próximo à divisa com São Paulo; Mariópolis, na divisa catarinense; Cândido de Abreu, Reserva, Peabiru, São João do Ivaí e Campo Mourão (centro paranaense) e Juranda, Ubiratã, Cafelândia, São Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Marechal Cândido Rondon, Nova Santa Rosa e Toledo, a oeste do Estado vizinho.
O pesquisador Alfredo Recieri, da Fundação Chapadão, afirmou à Jovem Sul News que o momento é de atenção para que a doença não se alastre no Estado e prejudique a produtividade. Ele afirma que a safra passada teve condições favoráveis para o não surgimento da doença, já que os produtores seguiram as orientações do vazio sanitário e aplicaram fungicidas adequadamente. Além disso, ele pontuou que sojicultores de Mato Grosso e Goiás atrasaram o plantio por falta de chuvas e, quando a doença se instalou nesses dois Estados, a cultura estava adiantada em Mato Grosso do Sul.
Recieri adverte, porém, que a situação atual é favorável à doença, com muita unidade e calor e o plantio ocorrendo nos Estados vizinhos –correntes de ar no sentido norte-sul e dificuldade para aplicação de fungicidas devido às chuvas também são agravantes. Produtores devem monitorar suas lavouras, principalmente na fase R-1 da planta, coletar folhas para análise e contar com acompanhamento técnico, bem como usar produtos e tecnologia de aplicação adequados.
Ainda segundo o pesquisador, as condições climáticas podem favorecer o surgimento de outras doenças fúngicas, como a mancha alvo e o mofo branco. (Com informações do Campo Grande News)
Redação – Noticidade