Publicado em 28/07/2017 às 09:49,
Um homem de 39 anos foi preso ontem (27) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, transportando medicamentos clandestinos avaliados em R$ 750 mil. Comprados no Paraguai, os produtos estavam sendo levados para São Paulo.
A apreensão foi feita pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-163. Entre os produtos estavam 565 ampolas de “Neuronox”, composto conhecido por botox e usado em tratamentos clandestinos estéticos e de saúde.
Preso por descaminho e crime contra a saúde pública, o homem carregava também outras substâncias ainda não identificadas. Segundo ele, o material seria comercializado no estado paulista.
O homem viajava em um Hyundai/Santa Fé com placa de Amambai quando foi parado no posto da PRF. Desconfiados, os policiais rodoviários federais fizeram uma vistoria no carro e encontraram cem ampolas rotuladas como “Neuronox – Botulinum Toxin, Type A Complex”, conhecida no Brasil como botox, e 420 ampolas não rotuladas, com as mesmas características.
Ele também levava 45 ampolas contendo pastilhas brancas, cujo composto ainda não foi confirmado.
O medicamento foi levado para a Polícia Federal, onde passou por perícia para identificação das substâncias. Segundo a PRF, o laudo preliminar confirmou a existência de toxina botulínica.
A droga poderia ser utilizada para aplicações médicas clandestinas, de estética e até mesmo para tratamento de disfunções neurológicas e motoras.
Conforme a PRF, além de ser importado ilegalmente, a comercialização do medicamento no país é vedada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A venda ilegal de cada frasco pode chegar a R$ 1.500.
O condutor do carro onde estavam os medicamentos confessou que as ampolas foram adquiridas em Assunção, capital do Paraguai, mas apenas receberia um valor para levar as substâncias até a capital paulista.
A pena prevista para o crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais é de 10 a 15 anos de prisão. O crime de descaminho prevê pena de reclusão de um a quatro anos.
Campo Grande News