Buscar

Funcionários da JBS vão a Capital pressionar deputados para acordo com empresa

Os funcionários da JBS de Sidrolândia associados ao Sindaves partiram na manhã desta terça-feira (17) com destino a Campo Grande para se juntarem a outros trabalhadores de unidades do Estado para uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa.

Os trabalhadores das unidades da empresa fazem pressão com protestos na sessão de hoje. Ação proposta pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e que resultou no bloqueio de R$ 730 milhões em bens da JBS no Estado pode ser retirada do judiciário pelos deputados por causa dessa ação dos trabalhadores, isso porque com os recursos da empresa todos bloqueados até o salário dos funcionários está ameaçado.

De acordo com informações, cerca de 1 mil trabalhadores se encontram na Assembleia para manifestar, em todo o Estado são cerca de 20 mil funcionários, afirma o presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (FTIAA-MS), Vilson Gimenes Gregório. O temor dos trabalhadores, como explica, se deve a boatos dentro das unidades da empresa que foram confirmados pela imprensa.

Por um ‘desencontro de agendas’, ontem o governador Reinaldo Azambuja não participou de uma reunião convocada pelos sindicatos, mas solicitou que Enelvo Felini, diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) o representasse.

Além dele, estiveram presentes os deputados Pedro Kemp (PT) e João Grandão (PT), e representantes da FTIAA em Nova Andradina, Sidrolândia, Naviraí, Aquidauana, Dourados, Paranaíba e Campo Grande. Para Kemp, membro da CPI que solicitou os bloqueios e investiga a atuação da JBS em Mato Grosso do Sul, há motivo para se preocupar com a questão e pontua que a mesma não é um contratempo da Assembleia.

“O Governo não pode tirar o corpo fora, afinal é de interesse dele a situação. Vamos fazer nossa parte, vendo com a assessoria jurídica que elaborou esses pedidos, uma ação que possa garantir os salários dessas pessoas”. O deputado João Grandão salienta que, caso não haja solução em vista, a prioridade é manter esses trabalhadores empregados, o que pode até mesmo refletir na retirada das ações de bloqueio na Justiça. Após a reunião, os dois buscaram o presidente da CPI, Paulo Corrêa (PR) para achar meios para uma solução, mas garantem exigir nova agenda, dessa vez, com a presença de Azambuja.

Luiz Ribeiro – Noticidade