Publicado em 27/06/2017 às 16:54,
Com a suspensão norte-americana das importações da carne bovina in natura (fresca) do Brasil, as inspeções em frigoríficos de Mato Grosso do Sul e de todo o País foram intensificadas. A fiscalização está sendo feita diariamente e, caso seja encontrado alguma irregularidade sanitária, a indústria será autuada e o ritmo de produção, reduzido em 10%.
As determinações constam em memorando do Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal), do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), conforme informou a médica veterinária Régia Paula Vilaça Queiroz, chefe substituta do Sipoa (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal), da SFA-MS (Superintendência Federal de Agricultura de Mato Grosso do Sul).
De acordo com a Régia Paula, a determinação é para todos os SIFs (Serviços de Inspeção Federal) que atuam em frigoríficos de abate de bovinos. “Os SIFs devem reforçar a inpeção, verificando e removendo, caso encontrem, contaminações, contusões, abcessos, etc.”, afirmou a médica.
Caso sejam encontrados desvios após a inspeção, “o estabelecimento deve ser autuado e a velocidade da linha de abate deve ser reduzida, em 10%”, acrescentou a chefe do Sipoa.
Prazo – Os frigoríficos habitados a exportar aos Estados Unidos têm até sexta-feira (dia 30) para revisar seus programas de auto-controles, de acordo com outro memorando do Dipoa, informou a médica Régia Paula. Os SIFs têm o mesmo prazo para revisar seus planos de inspeção.
O Dipoa também proibiu temporariamente a exportação de dianteiro bovino aos Estados, “sem que o mesmo esteja na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras”, conforme Régia.
Embargo – A intensificação das inspeções foi impulsionada pela decisão dos Estados Unidos, comunicada na semana passada, de suspender as importações da carne bovina in natura do Brasil.
A justificativa foi sanitária – conforme o USDA (Departamento de Agricultura americano), foram verificados frequentes problemas no produto brasileiro.
Campo Grande News