Publicado em 27/01/2019 às 17:33,

Feminicídio: Após sair de aldeia, sidrolandense é assassinada na Capital

Redação,
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A artesã Eronilda Gabriel Mendonça, de 34 anos que era moradora da aldeia Água Azul foi brutalmente assassinada a tiros no jardim Tijuca em Campo Grande.

De acordo com informações da polícia, a vítima estava num carro em companhia  de um rapaz de 22 anos de idade e em certo momento houve um desentendimento e Eronilda saiu do carro, irritado o rapaz efetuou quatro disparos que atingiram a cabeça, virilha, ombro e panturrilha. Ferida, a mulher ainda caminhou alguns metros e ligou para a polícia.

Encaminhada para a Santa Casa passou por dois procedimentos cirúrgicos pela ortopedia e pela cirurgia geral, mas durante o pós-operatório teve de ser transferida para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

Na unidade ela ficou internada em coma induzido e não resistiu aos ferimentos. Natural da Terra Indígena Buriti, Eronilda era artesã e deixa um casal de filhos que também são artesãos na região de Sidrolândia.

O autor Nicolas de Jesus Batista foi preso e disse que foi ofendido pela vítima e por isso a matou.  Ele também disse à polícia que estava bebendo em um bar no Bairro Guanandi e a vítima, que mora próximo do local, teria o chamado para sair. No entanto, a irmã da vitima, que estava com ela antes de ambos saírem, disse que foi o rapaz quem chamou a vítima para sair. Contudo, os dois então entraram no veículo dele, um Corsa de cor prata, e seguiram para beber em outro bar já no Bairro Tijuca, mas no meio do caminho começaram a discutir.

O suspeito teria afirmado que a vítima pediu para ambos terem relações sexuais, mas ele teria negado, afirmando que queria apenas beber, ele alega que foi ofendido e mandou a mulher sair do carro, momento que pegou a arma e matou a jovem que estava de costas. Ele foi preso horas depois em flagrante pela Batalhão de Choque da PM que agiu rápido e localizou o jovem com as características do carro.

Uma amiga da vítima diz que a comunidade está abalada com o crime: |Ela era muito querida, atuante, sempre ajudou a todos. Veio para a capital tentar outra vida, ela tinha emprego fixo e fazia bijuterias de penas e sementes junto com a família, artesanato era a paixão dela. Isso tudo é muito triste|. O corpo foi levado para a aldeia Água Azul.

Ela afirma ainda que Eronilda não tinha um relacionamento com o homem, e que comentou com a família que estariam |se conhecendo|. Segundo Silvana, a família acredita que o suspeito poderia ter tentado fazer sexo à força com a vítima: |Ele atirou para matar, ninguém atira 4 vezes sem essa intenção. Acredito que seja o contrário do que ele alega. Se realmente não a quisesse, por que iria matá-la?|. Finaliza.

Redação – Noticidade