O MPE (Ministério Público Estadual) denunciou à Justiça e pediu a prisão do falso médico Marx Honorato Ortiz. Ele teria atuado no Hospital Municipal de Paranhos por dois meses e seria responsável pela morte de João Maria Padilha da Silva, 56 anos.
Conforme apurou a Polícia Civil, Marx usou os documentos, inclusive o registro profissional emitido pelo CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul), do médico Marcell Marques Peres, para ser contratado.
Na acusação, o promotor de justiça William Marra Silva Júnior argumenta que o acusado “exercia irregularmente o ofício de profissional da medicina sem ser habilitado para tanto, expondo a vida da coletividade em constante risco”
Marx trabalhou como plantonista no hospital do interior nos meses de novembro e dezembro de 2014, de acordo com a investigação, e foi ele quem socorreu João Maria no dia 14 de dezembro daquele ano.
O homem chegou ao hospital passando mal e com um sangramento. O falso médico teria apenas aferido a pressão do paciente e dito que ele podia voltar para a casa. João Maria só foi internado na terceira vez que foi ao pronto-socorro, mas não resistiu.
Prisão – O promotor argumenta que a prisão preventiva é necessária para a garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal, uma vez que o falso médico nunca compareceu à delegacia para prestar depoimento e a Polícia Civil da cidade tem informações de que ele continuaria exercendo ilegalmente a medicina em outros hospitais.
O homem também estaria escondido na Bolívia, local onde supostamente estudou para se tornar médico.
Ortiz foi denunciado por homicídio doloso (quando há a intenção de matar), exercício ilegal da profissão, falsidade ideológica e desobediência.
Campo Grande News