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Energisa constata gatos e deixa 300 pessoas de área invadida no escuro

Com total de 11 equipes e 22 funcionários, a Energisa iniciou, na tarde desta segunda-feira (3), a retirada da fiação de energia da área invadida ao lado dos condomínios da Homex, no Jardim Centro Oeste, região sul de Campo Grande.

A ação, que conta com apoio da Guarda Municipal e deve ser finalizada na terça-feira (4), pretende dar fim às ligações clandestinas detectadas desde a invasão da área, em dezembro de 2016.

De acordo com Paulo Roberto Santos, gerente de combate às perdas da Energisa, desde o ano passado a área invadida vem sendo monitorada pela concessionária.

|Ontem recebemos uma denúncia anônima de que dois homens estariam vendendo ligações clandestinas na área ocupada. Por conta disso, hoje, mobilizamos essas equipes para retirar a ligação|, explica.

Desde quando a construção dos condomínios da empresa mexicana Homex começou, em 2012, a Energisa realizou a instalação da rede elétrica no local. Mas com a ocupação, as pessoas começaram a fazer ligações clandestinas na área, que possui 2 mil metros por 600 metros.

|Foi necessário retirar toda a fiação e equipamentos para evitar os gatos. Além disso, constatamos que houve roubo de transformadores, cabos e chaves de força|, afirma.

|Compramos a fiação, instalamos tudo para nossa sobrevivência, mas agora não sei o que fazer. Estamos sem água, sem saneamento básico, e agora sem luz|, conta a dona de casa Adriana Figueiredo Pereira, 38, que mora com esposo e 3 filhos.

Atualmente, cerca de 300 pessoas residem no loteamento invadido. 

Ezequiel Vicente, motorista de 44 anos, conta que já esta na área há 5 meses e até construiu uma casa de alvenaria. “Além da falta de energia e de água, agora estamos sem iluminação pública. Mesmo assim, com luz ou sem luz, ficaremos aqui”, disse Ezequiel, que mora com a esposa e mais dois filhos.

Jussara Perassa Pereira, desempregada de 37 anos, mora desde o início do ano em um barraco de lona e madeira com 1 cômodo, onde também tinha uma ligação de energia clandestina.

“A Prefeitura disse para ligar a energia precisa de documento que ateste a posse do terreno, que custa cerca de R$ 400, dinheiro que eu não tenho. Fica difícil porque os dois poços da área só funcionam com energia. Vaiu piorar muito nesse sentido também|, ressalta.

Ação, conta com apoio da Guarda Municipal, e acontece de forma pacífica.

Invasão - A área invadida nos Jardim Centro-Oeste fica ao lado das obras do empreendimento Varandas do Campo, a ser executado pela construtora mexicana Homex, ainda no ano de 2012.No entanto, a empresa não cumpriu diversos acordos com a Caixa Econômica Federal, declarou falência e “saiu de campo” sem entregar grande parte das três mil casas da unidade.Por consequência, a Caixa assumiu o empreendimento em agosto de 2013 e acionou o seguro da construção de 270 imóveis do loteamento, que já haviam sido vendidas por meio do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal.Porém, a área que fica ao lado do empreendimento pertence à massa falida da Homex, conforme explicou ao Campo Grande News o diretor-presidente Eneas José de Carvalho, da Emha (Agência Municipal de Habitação).|Área particular da falida Homex, então a Prefeitura não tem autonomia para tomar uma providência sobre o local. A presença da Guarda Municipal foi solicitada para dar suporte à uma ação diante da irregularidade das ligações|, frisa. |No início do ano, houve mesmo na área da Prefeitura, algumas pessoas que estavam montando barraco, mas depois de notificações, elas se retiraram de lá|, lembra o secretário. 

Invasão - A área invadida nos Jardim Centro-Oeste fica ao lado das obras do empreendimento Varandas do Campo, a ser executado pela construtora mexicana Homex, ainda no ano de 2012.

No entanto, a empresa não cumpriu diversos acordos com a Caixa Econômica Federal, declarou falência e “saiu de campo” sem entregar grande parte das três mil casas da unidade.

Por consequência, a Caixa assumiu o empreendimento em agosto de 2013 e acionou o seguro da construção de 270 imóveis do loteamento, que já haviam sido vendidas por meio do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal.

Porém, a área que fica ao lado do empreendimento pertence à massa falida da Homex, conforme explicou ao Campo Grande News o diretor-presidente Eneas José de Carvalho, da Emha (Agência Municipal de Habitação).

|Área particular da falida Homex, então a Prefeitura não tem autonomia para tomar uma providência sobre o local. A presença da Guarda Municipal foi solicitada para dar suporte à uma ação diante da irregularidade das ligações|, frisa. 

|No início do ano, houve mesmo na área da Prefeitura, algumas pessoas que estavam montando barraco, mas depois de notificações, elas se retiraram de lá|, lembra o secretário. 

Campo Grande News