Durante evento político realizado ontem (10), no comitê central do PSDB, o senador Pedro Chaves (PRB) declarou apoio à reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele ponderou que a atual gestão estadual foi competente e teve mérito em passar pelo “momento de crise” garantindo investimentos e cumprindo os compromissos.
Chaves ainda pediu a plateia que tinha boa parte formada por educadores, que concedessem “mais quatro anos” a Azambuja, para que ele desse continuidade aos seus programas e projetos a frente do governo. Fez questão de esclarecer que não tinha “nenhum incômodo” em declarar apoio ao tucano, já que a direção nacional do PRB apoia o PSDB em nível nacional.
O evento teve a presença da senadora Ana Amélia (PP-RS), candidata a vice-presidente de Geraldo Alckmin (PSDB), que veio ao Estado para “reforçar” a campanha de Azambuja. Chaves inclusive fez questão de receber a colega do Senado, para quem explicou que tem “grandes afinidades” pela luta e trabalho na educação.
O governador fez questão de retribuir os “elogios” de Chaves, ao dizer que ele desempenha um bom trabalho no Senado. Era cogitado inclusive uma parceria entre os dois políticos na eleição, no entanto ele não entrou na coligação tucana e o PRB preferiu apoiar a candidatura de Odilon de Oliveira (PDT).
Impasse – Na última semana antes de terminar as convenções, Chaves declarou apoio a Odilon, por explicar na época que “não tinha espaço” político no ninho tucano, que no momento já contava com dois candidatos ao Senado: Nelsinho Trad (PTB) e Marcelo Miglioli (PSDB).
Apesar de entrar na chapa pedetista e registrar sua candidatura ao Senado, os rumores era que havia problemas internos dentro do partido e na coligação, tanto que Chaves renunciou a candidatura no dia 15 de agosto. Em uma carta ao partido, disse que desistiu porque havia um acordo “para ser o único” candidato ao Senado, mas o PDT teria feito uma “aliança espúria” com o Podemos, lançando mais um nome (Humberto Figueiró).
Chaves ainda mencionou estar “desconfortável” no partido e cogitou que poderia deixar o PRB em breve. Sem citar o senador, Odilon respondeu na época que preferia estar sozinho do que mal acompanhado, ou “junto com egoístas, frouxos, covardes ou venáveis”. No lugar de Chaves, lançaram o nome de Gilmar da Cruz (PRB).
Campo Grande News