Publicado em 25/09/2017 às 00:19,
Na entrada da Polícia Militar, no pátio da Penitenciária Estadual de Dourados, houve uma confusão entre as mulheres dos presos, com os policiais, pois elas tentam impedir a entrada deles no local. Neste confronto, uma delas foi ferida com um tiro de borracha na perna. Foi atendida logo depois pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
O atendimento foi feito no local, mas não precisou ser levada para o hospital. Ao Campo Grande News, contou que foi segurar o portão, junto com outras esposas de detentos, para não deixar os policiais entrarem (presídio), quando houve o disparo. |Além disto também nos acertaram com escudos, estou sentindo dor, mas não vou sair daqui, até saber que eles (presos) estão bem|. Ela não quis se identificar.
De acordo com informações apuradas pela reportagem, quando houve este princípio de confusão, os policiais militares deram um tiro para o chão, em sinal de advertência, como o grupo não recuou, foi feito o disparo que acertou a perna da mulher.
O Polícia Militar está na parte interior do presídio, mas não houve até o momento invasão às celas. O Corpo de Bombeiros também foi acionado e está no local, para qualquer emergência. Depois deste confronto, o ambiente está tranquilo. (Veja o vídeo abaixo)
O grupo de mulheres protestam pelo cancelamento das visitas, em função da paralisação dos agentes penitenciários estaduais. Dentro do local também houve |panelaço| dos presos em função da situação.
Elas alegam que na sexta-feira (22) quando foram levar pertences aos presos, a informação repassada era que teriam visitas, e somente ontem (23) a noite, no local, disseram que não havia certeza, sendo surpreendidas nesta manhã, quando iriam entrar no local.
Paralisação - O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores Estaduais da Administração Penitenciária), André Luiz Santiago, disse que a paralisação vai continuar por 24 horas e que até o momento não recebeu ainda a ordem judicial, para o impedido a realização desta restrição e que se chegar tal documento, vai passar para o setor jurídico.
Ele garantiu que a comida e almoço para os presos serão fornecidas, e que nos presídios |ninguém entra e ninguém sai|, somente nos casos de vinda de presos de outros municípios ou estado.
O diretor-presidente da Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), Aud de Oliveira, afirma que a notificação já foi feita. “O oficial de Justiça já levou a notificação, tomamos todas as providências, se eles vão aderir a paralisação haverá consequência”, disse.
A categoria protesta principalmente por melhores salários, cumprimento do acordo referente ao reposicionamento de classe por tempo de serviço e a convocação dos formandos.
Campo Grande News