Publicado em 04/07/2017 às 13:54,
Os gastos dos cofres públicos de Mato Grosso do Sul com informática continuam na mira de investigações que suspeitam de um conglomerado supostamente criado para concentrar contratos milionários. Tanto na Polícia Federal, quanto na Força-Tarefa criada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) depois que estourou a operação Lama Asfáltica, João Baird é apontado como chefe do grupo. Ele nega.
No entanto, as coincidências entre as empresas que supostamente fariam parte do grupo e o volume de dinheiro estadual direcionado para todas são muitas. De 2012 para cá, o conglomerado econômico apontado pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) como pertencente ao empresário João Baird já recebeu pouco mais de R$ 792 milhões do governo de Mato Grosso do Sul, por serviços na área de TI (Tecnologia da Informação).
Apesar das investigações apontarem que o grupo começou a prestar serviço à administração estadual ainda durante a gestão de Zeca do PT, em 2006, o Portal de Transparência do governo de MS só disponibiliza dados de despesas a partir de 2012, segundo ano do 2º mandato de André Puccinelli (PMDB), que, aponta o MPE, ‘em troca de favores nada decorosos’, teria concedido ‘significativas vantagens econômicas’ às empresas de Baird.
Uma trama de criações, fusões, sociedades e sucessões leva as investigações a apontarem algumas empresas como contratadas pelo Governo de MS que estariam sob direção direta ou influência de João Baird.O inquérito aponta as empresas Itel Informática, PSG Tecnologia Aplicada, Digitho Brasil Soluções em Software, atual Digix, e Mil Tec Tecnologia da Informação, como o ‘conglomerado’ ligado ao empresário que, juntas, fecharam contratos de quase R$ 800 milhões apenas nos últimos cinco anos e meio.Os promotores afirmam na denúncia de improbidade administrativa que a gestão de Puccinelli e o empresário supostamente fecharam os chamados ‘contratos guarda-chuva’, que segundo o Tribunal de Contas da União são contratos que não têm a identificação singular de seu objeto e que permitem a junção de uma gama de obras ou serviços.Funcionários terceirizados das empresas citadas também foram flagrados pela força-tarefa que ajuizou a denúncia desempenhando atividades próprias de servidores públicos efetivos.No último ano da gestão de André, em 2014, as empresas do grupo, com exceção da Mil Tec, receberam pouco mais de R$ 158 milhões. Dois anos depois, já na administração de Reinaldo Azambuja (PSDB), esse valor saltou para R$ 178,3 milhões, já com a Mil Tec substituindo a Itel.FazendeiroProcurada, a defesa do empresário João Baird classificou de ‘absurda’ a acusação do Ministério Público. ‘Isso não tem fundamento. Ele era sócio da Itel, mas já vendeu (a empresa) há quase dois anos”, afirmou o advogado José Wanderley Bezerra Alves.Segundo o advogado, após vender a Itel Informática, Baird se desligou da área de TI, e atualmente dedica-se apenas às suas propriedades rurais.O ex-governador André Puccinelli também foi procurado, mas segundo sua assessoria ele estava em viagem e não foi encontrado para comentar as denúncias que envolvem sua gestão.FiscalizaçãoO governo estadual respondeu, por meio de sua assessoria, que segue todas as ‘disposições legais referentes à contratação de serviços’, e que as exigências dos editais seguem parâmetros técnicos para atender as exigências de cada área.A administração Reinaldo Azambuja ainda destacou que monitora e fiscaliza todos os serviços contratados e que modernizou seu modelo de contratação de serviços de tecnologia, para garantir mais transparência a agilidade aos processos.
Uma trama de criações, fusões, sociedades e sucessões leva as investigações a apontarem algumas empresas como contratadas pelo Governo de MS que estariam sob direção direta ou influência de João Baird.
O inquérito aponta as empresas Itel Informática, PSG Tecnologia Aplicada, Digitho Brasil Soluções em Software, atual Digix, e Mil Tec Tecnologia da Informação, como o ‘conglomerado’ ligado ao empresário que, juntas, fecharam contratos de quase R$ 800 milhões apenas nos últimos cinco anos e meio.
Os promotores afirmam na denúncia de improbidade administrativa que a gestão de Puccinelli e o empresário supostamente fecharam os chamados ‘contratos guarda-chuva’, que segundo o Tribunal de Contas da União são contratos que não têm a identificação singular de seu objeto e que permitem a junção de uma gama de obras ou serviços.
Funcionários terceirizados das empresas citadas também foram flagrados pela força-tarefa que ajuizou a denúncia desempenhando atividades próprias de servidores públicos efetivos.
No último ano da gestão de André, em 2014, as empresas do grupo, com exceção da Mil Tec, receberam pouco mais de R$ 158 milhões. Dois anos depois, já na administração de Reinaldo Azambuja (PSDB), esse valor saltou para R$ 178,3 milhões, já com a Mil Tec substituindo a Itel.
Fazendeiro
Procurada, a defesa do empresário João Baird classificou de ‘absurda’ a acusação do Ministério Público. ‘Isso não tem fundamento. Ele era sócio da Itel, mas já vendeu (a empresa) há quase dois anos”, afirmou o advogado José Wanderley Bezerra Alves.
Segundo o advogado, após vender a Itel Informática, Baird se desligou da área de TI, e atualmente dedica-se apenas às suas propriedades rurais.
O ex-governador André Puccinelli também foi procurado, mas segundo sua assessoria ele estava em viagem e não foi encontrado para comentar as denúncias que envolvem sua gestão.
Fiscalização
O governo estadual respondeu, por meio de sua assessoria, que segue todas as ‘disposições legais referentes à contratação de serviços’, e que as exigências dos editais seguem parâmetros técnicos para atender as exigências de cada área.
A administração Reinaldo Azambuja ainda destacou que monitora e fiscaliza todos os serviços contratados e que modernizou seu modelo de contratação de serviços de tecnologia, para garantir mais transparência a agilidade aos processos.
Midiamax