A PRF (Polícia Rodoviária Federal) anunciou a suspensão de várias atividades a partir de amanhã (06) dos serviços de escolta de cargas superdimensionadas e escoltas em rodovias federais; suspensão imediata das atividades aéreas (policiamento e resgate aéreo) desempenhadas pela instituição; redução dos deslocamentos terrestres de viaturas em patrulhamento e inclusive deve desativar unidades operacionais.
O sindicato dos policiais rodoviários federais estima que oito postos devem ser fechados por falta de estrutura, mas esse número pode chegar a onze, segundo fontes, a unidade de Sidrolândia que há dois anos está em reforma também deverá ser desativada.
A PRF afirma que o orçamento disponível inicialmente pelo governo federal era de R$ 420 milhões porém foi cortado para R$ 257,6 milhões.
Para que o impacto não seja tão grande no orçamento, foi designado uma comissão para, em 30 dias, apresentar uma proposta de adequação do planejamento orçamentário deste ano, com objetivo de minimizar o impacto e as consequências provenientes deste corte de gastos.
A assessoria de imprensa da PRF de Mato Grosso do Sul, destacou que essa medida de suspensão de serviços pode ser ou não alterada. Caso não haja nenhuma reversão, o corte de gastos passa a valer e só aí então, a polícia se posicionará oficialmente em relação a esse assunto.
A suspensão de ações da PRF vai impactar principalmente na fiscalização contra o tráfico de drogas e armas vindas do Paraguai. O Estado é porta de entrada do narcotráfico para o restante do país e já tem problemas pela fiscalização deficitária e fronteira seca aberta. Mato Grosso do Sul tem em torno de 400 policiais para atender 3.822 km de estradas federais e é o campeão em apreensões no Brasil. A PRF tem 24 postos de fiscalização em MS, mas só 19 ainda estão em funcionamento.