Publicado em 19/07/2017 às 15:18,

Após acordo, índios da Tereré recebem 220 lotes para ampliação da aldeia urbana

Redação,
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Nesta quarta-feira (19), o Capitão Santo acompanhado do vereador Otacir Pereira Figueiredo (Gringo) e de várias lideranças indígenas promoveram a entrega de 220 lotes á famílias da própria comunidade referente à ampliação da Aldeia urbana Tereré. Uma reivindicação que se estendia há 36 anos e hoje foi atendida.

A área de 7,4 hectares é proveniente da antiga Chácara Califórnia que por fim foi adquirida pela Corpal Incorporadora responsável pelo loteamento Vival dos Ypês que a pedido da Prefeitura Municipal reservou a área para atender a comunidade indígena da Tereré que é a mais antiga da região e sofria de “superlotação” com mais de 400 famílias no local e após a criação da aldeia nova tereré (ao lado com famílias que não são desta comunidade) e criação do Bairro Morada da Serra, a única opção de expansão de fato era a área aos fundos da aldeia Tereré, área esta que acabou sendo adquirida pela incorporadora Corpal.

Por lei, a incorporadora que adquiriu a área com iniciativa de criar o loteamento Vival dos Ypês deveria ceder 15% do total para criação de área institucional da prefeitura municipal, porém, diante do pedido do então prefeito na época, Ari Basso, e obviamente por concordar com a necessidade da ação, a Corpal cedeu 19,4% (4,4% a mais) justamente para atender a reivindicação da comunidade indígena.

A pedido do vereador Gringo e do Capitão Santo, a própria Corpal fez a abertura das Ruas e demarcação dos lotes que foram divididos em partes iguais com medida de 10 por 20 metros cada um.

Hoje, 220 famílias indígenas da Aldeia Urbana Tereré já tomaram posse de seus respectivos lotes na nova área. 

Para a dona de casa Maria da Silva de 46 anos, a iniciativa foi ótima, “estou muito feliz, há muitos anos estamos aqui, a família foi crescendo e não tinha mais espaço pra construir nada, mas sempre falavam dessa possibilidade de ganharmos esse lote, e hoje isso se tornou realidade, agora é só trabalhar e construir graças a Deus”, destacou Maria, feliz com o novo terreno e bastante emocionada ao falar das dificuldades que passou ao longo dos anos.