Publicado em 29/08/2019 às 03:15,
Todo motociclista que se preze tem que descer a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Por isso, um grupo de amigos saiu de Campo Grande e pilotou até chegar ao Sul do País. “Foram 3.147 quilômetros rodados. É como se fosse um troféu para os motociclistas que pegam a estrada”, afirma o empresário Márcio Jean Fonseca Siqueira.
A serra é famosa por ter mais de 250 curvas em poucos quilômetros de extensão e uma altura que permite vista privilegiada. É considerada uma das mais bonitas do País e até virou cartão postal de Santa Catarina.
Mário foi um dos responsáveis por organizar a viagem. A aventura durou seis dias, passando por sete cidades até retornar à Capital. “Somos acostumados a ir aos finais de semana para o interior. Foi a partir daí que surgiu a ideia de um passeio mais longo. Começou com quatro pessoas, depois aumentou. Um amigo foi indicando outro amigo”, disse.
No total, partiram 13 motociclistas que fazem parte do Moto Clube 4 Canecos. Foram sete motos esportivas de 1000 cilindradas, uma no estilo custom e cinco motos big trail. Para a expedição, eles contaram com o apoio de uma caminhonete.
Às 6h do dia 21 de agosto, 10 membros subiram na moto e partiram de Campo Grande rumo ao município de Maracaju, a 160 quilômetros da Capital. Lá foi à primeira parada, para encontrar com mais dois integrantes do clube. Em seguida, a expedição continuou sentido a Naviraí. A adrenalina à flor da pele, o vento contra o corpo, deu aquele ar de liberdade que só quem pilota sabe, e animou ainda mais o trajeto.
Chegaram em Naviraí por volta do meio-dia, encontraram mais um integrante do grupo, almoçaram e depois seguiram com destino à cidade de Cascavel-PR. Foram mais 278 quilômetros e os motociclistas chegaram no final da tarde. Procuraram um local e descansaram para seguir viagem no dia seguinte. “Não fizemos reserva em nenhum lugar, mas não tivemos problemas na hora de encontrar um lugar”, contou Márcio Jean.
Sempre às 6h da manhã, eles colocavam o pé na estrada. No segundo dia, o grupo pilotou por mais 645 quilômetros até chegar em Lages (SC). No terceiro dia, parou em Urubici, depois seguiram por mais 28 quilômetros para visitar a Serra do Corvo Branco. “Quando chegamos lá, estava muito lindo. Mas o tempo fechou e tivemos que retornar para Uribuci”, lembrou Argemiro Talmelli, também integrante do clube.
Descansaram novamente, e no mesmo dia, seguiram para a cidade de Bom Jardim da Serra (SC). Ansiosos para chegar ao destino final, os motociclistas avançaram mais alguns quilômetros até a Serra do Rio do Rastro. Contudo, o tempo não estava bom. “Chegamos no mirante, mas estava muito frio e voltamos para a cidade”, disse Argemiro.
Já no quarto dia, eles retornaram ao mirante, que registrava 4°C. Empolgados por finalmente conhecerem o local tão “vangloriado” pelos motociclistas.
Após concluírem o percurso, era a hora de voltar para casa. Os motociclistas seguiram até Balneário Camburiú onde passaram a noite. No quinto dia, viajaram por mais 607 quilômetros, até chegar em Londrina (PR). Já no sexto dia, pilotaram 616 quilômetros para retornar a Campo Grande.
“O intuito é usufruir do seu bem. Se a pessoa compra uma moto, então tem que usar. O objetivo também é a felicidade, o calor no corpo, o vento no rosto. Estamos só de passagem nesse mundão, temos que aproveitar”, declarou Argemiro.
Planejamento - A viagem era preparada há sete meses. O planejamento com antecedência foi para que saísse tudo conforme o combinado, e ninguém ficasse para trás. “Programamos para um período não tão frio, em que todos estivessem de férias do serviço. Não tivemos surpresas no meio do caminho, tudo deu certo”, afirmou Márcio Jean.
Ele contou ainda que além de explorar novos lugares, o objetivo da expedição também é fazer amizades. “Com amigos que têm a mesma afinidade por motos”. Sobre o planejamento financeiro, Márcio Jean não detalha, mas garante: “Foi o mínimo pelo benefício da viagem”. O grupo está planejando outra expedição, para o início de 2020, porém ainda falta decidir o destino.