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Mesmo com 10 dias de “lockdown” número de casos de Covid-19 não diminui

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(Foto: Rafael Brites - Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Sidrolândia) 

O fechamento do comércio e endurecimento das medidas de restrição por 10 dias para evitar a proliferação e o avanço da Covid-19 em Sidrolândia e Maracaju ainda não surtiram efeitos práticos.

O número de mortes e de casos de novos infectados infelizmente se mantém, mesmo 13 dias depois do início do isolamento com restrições impostas por meio de decretos estaduais.

Infectologistas afirmam que no ano passado, quando o isolamento deu um pouco certo, as pessoas realmente se isolaram e usaram máscaras. Hoje, essas medidas estão absolutamente desacreditadas. Mesmo com fases e decretos mais rígidos, o nível de isolamento é pequeno e a circulação se mantém grande. Para os especialistas boa parte da população está tendo um desapego à vida e por isso as restrições impostas não deram certo em muitas cidades.

Em Sidrolândia, nesta quarta-feira (07) 417 pessoas estão infectadas com a doença em isolamento domiciliar e outras 21 pessoas estão internadas na ala Covid do Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa. Até agora 88 pessoas morreram por causa de complicações da doença. Nos últimos 35 dias, o número de infectados não baixa de 400 e oscila somente para cima.

Já no município de Maracaju, os números são menores, hoje são 195 infectados em isolamento domiciliar e 20 pessoas internadas no Hospital Soriano Correa. Até agora, 45 pessoas morreram vítimas da doença na cidade.

Em MS - O infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda, explica que no geral em MS houve uma leve estabilidade nos dados apresentados no boletim epidemiológico do coronavírus. “Foi observado nos últimos dois dias uma estabilização/leve redução de novos casos e internações”, observou.

Porém, o infectologista ressalta que com o retorno das atividades não essenciais, MS pode passar por uma semana estável e depois enfrentar um novo aumento de casos. Ele afirma que as restrições no Estado deveriam continuar até que Mato Grosso do Sul alcançasse a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de 80%. Mato Grosso do Sul tem uma taxa de ocupação de 103%.