Publicado em 16/07/2020 às 14:34,

Estado diz que Sidrolândia e Maracaju estão com risco extremo para Covid-19 e recomenda lockdown

Redação - Noticidade ,
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Foto: Divulgação SES

Sidrolândia, Maracaju e mais quatro cidades apresentam grau extremo de riscos relacionados à pandemia de Covid-19 e receberam a bandeira preta pelo programa Prosseguir. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16), durante transmissão ao vivo do boletim epidemiológico do coronavírus, pelo titular da Semagro, Jaime Verruck.

Segundo Verruck, os 79 municípios de MS vão receber os relatórios do programa, com as características específicas de cada localidade e as recomendações pertinentes. Cada localidade foi classificada em uma entre cinco bandeiras com graus de risco. São elas: grau baixo (verde), tolerável (amarela), médio (laranja), alto (vermelha) e extremo (preta). As classificações ocorrem a cada 15 dias. Atualmente, nenhum município de MS está na bandeira verde ou amarela.

No grau extremo, com bandeira preta e que tem recomendações de medidas mais restritivas, além de Sidrolândia e Maracaju, estão Alcinópolis, Campo Grande, Corguinho e Nioaque. A bandeira sinaliza o mais grave nível do programa de monitoramento. No caso, a recomendação é manter abertas apenas atividades consideradas essenciais (como alimentação, unidades de Saúde e postos de combustível), o chamado lockdown, a fim de garantir isolamento social e frear a curva de contágio pelo vírus. A faixa de risco ainda demanda melhorias na infraestrutura hospitalar. 

O relatório parte do grau médio (bandeira laranja), no qual estão 14 municípios de MS. São eles: Bataguassu, Caarapó, Deodápolis, Dourados, Glória de Dourados, Inocência, Ivinhema, Ladário, Miranda, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Paranaíba e Rio Brilhante.

Já no grau alto (bandeira vermelha), estão Amambai, Anastácio, Anaurilândia, Angélica, Antônio João, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Aral Moreira, Bandeirantes, Batayporã, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Brasilandia, Camapuã, Caracol, Cassilândia, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Douradina, Eldourado Fátima do Sul, Iguatemi, Itaporã, Itaquiraí, Japorã, Jaraguari, Jardim, Jateí, Juti, Laguna Carapã, Mundo Novo, Naviraí, Paraiso das Águas, Paranhos, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde de MT, Rochedo, Santa Rita, São Gabriel, Selvíria, Sete Quedas, Sonora, Tacuru, Taquarussu, Terenos, Três Lagoas e Vicentina.

Cada município, independente da bandeira, receberá relatório especifico com os indicadores e quais são as recomendações necessárias, quais são as atividades econômicas recomendadas a permanecerem funcionado. No caso da bandeira preta, vale lembrar, são só aqueles considerados essenciais. “Com os relatórios, os prefeitos poderão avaliar seus decretos e fazer as recomendações ao setor produtivo”, concluiu Verruck.

Prosseguir

Detalhado pela primeira vez no último dia 30 de junho, o Prosseguir cria bandeiras de referências (tabelas) que classificam os riscos de atividades comerciais – com base em indicadores da saúde – no contexto da pandemia. Na prática, tais tabelas servirão de referência para definir a flexibilização ou ‘arrocho’ nas medidas de isolamento social contra covid-19.

De forma resumida, o Prosseguir propõe duas tabelas, uma de saúde e outra econômica: a tabela de saúde recorre aos indicadores que vem da vigilância, serviços de saúde e risco para coronavírus e cria uma referência geral de risco em saúde: baixo, tolerável, médio, alto e extremo.

Já no aspecto econômico, os estabelecimentos também são divididos em categorias, considerando baixo, médio e alto risco. Esta tabela foi desenvolvida com base em indicadores como o contato entre as pessoas, a possibilidade de ocasionar aglomeração e a rede de relacionamento entre as atividades. A tabela também considera se o estabelecimento é considerado essencial ou se é um serviço não autorizado.

É a partir daí que as referências em saúde e econômicas passam a se relacionar. Por exemplo: quando o risco em saúde de determinado município estiver amarelo, recomenda-se flexibilizar o funcionamento apenas para estabelecimentos essenciais, de baixo risco, de médio risco e de baixo risco – não autorizados permanecem fechados.

Já quando risco para coronavírus é considerado alto (vermelho), somente essenciais e de baixo risco podem funcionar e todos os demais permanecem fechados. Vale lembrar que no risco preto (extremo), apenas os essenciais podem permanecer de portas abertas.