Publicado em 02/10/2023 às 15:49,
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul está divulgando um alerta sobre o aumento no número de acidentes com escorpiões. Segundo o Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), já são 3.012 casos de acidentes com o animal somente em 2023.
Recentemente, Maria Fernanda de 3 anos morreu após ser picada por um escorpião enquanto dormia, o acidente ocorreu em Ribas do Rio Pardo. Ela foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande, mas devido à gravidade do estado de saúde, foi transferida para o Hospital Regional. Ela acabou indo a óbito. Esta é a segunda morte de criança picada por escorpião em Ribas do Rio Pardo. Pyetro Gabriel Arguelho, de 5 anos, morreu no dia 22 de agosto após ser picado.
Segundo Alexandre Moretti de Lima, médico e responsável clínico do Ciatox, crianças e idosos compõem o principal grupo de risco de acidentes por escorpiões, visto que os casos tendem a evoluir com maior facilidade.
“Na maioria das vezes, 98% dos casos são de quadro leve, só com dor local. Em crianças e idosos a gente tem que tomar cuidado pelo risco de manifestação sistêmica e necessidade de soro. Se evoluir com o quadro cardiopulmonar, com edema agudo de pulmão, taquicardia, hipertensão, sudorese, salivação e palidez, será necessário a utilização de soro escorpiônico”.
Cuidados
Para evitar acidentes com escorpiões, o Ciatox recomenda:
Usar água sanitária nos ralos e frestas de portas;
Instalar barreiras mecânicas nas portas;
Evitar o acúmulo de entulhos;
Fechar frestas e rachaduras nas paredes;
Manter o ralo do banheiro fechado após o banho;
Vedar bem as caixas de gordura.
Alexandre Moretti ainda destaca que manter o ambiente limpo é uma das principais maneiras de prevenir o aparecimento de escorpiões, visto que insetos, baratas, gafanhotos e grilos são alimentos para esses animais. O cuidado ambiental é indispensável para a segurança da população nessas situações.
Além disso, em caso de acidente, é necessário lavar o local da picada com água e sabão. Moretti afirma que a vítima deve procurar a unidade de saúde mais próxima e passar por atendimento imediatamente. “Em raros casos vai ser necessário a utilização de soro antiescorpiônico, mas quanto mais precoce a utilização, menor a chance de mortalidade”.
Ao matar um escorpião, se possível, ele deve ser recolhido e levado ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município para auxiliar na identificação e medidas de prevenção e controle da espécie. Caso haja a necessidade do soro antiescorpiônico, a determinação da espécie também auxilia no tratamento para o envenenamento.
Para mais informações basta entrar em contato com o Ciatox pelos telefones: (67) 3386-8655 e 0800-722-6001 e 150. A equipe oferece teleatendimento a profissionais de saúde, diagnóstico e identificação de animais peçonhentos e plantas tóxicas.